quarta-feira, 19 de março de 2008

Acordar do mundo de sonhos capazes do real.
Levantar do leito quente capaz do frio.
Caminhar no chão arrefecido…

…capaz de esquentar com as roupas espalhadas, com o crepitar das chamas na lareira, com o fundir dos corpos na cama.
O explorar o desconhecido, desbravando o que se espraia perante os órgãos da verdade.
O suor escorrido e salgado que as mãos lambem na busca incessante de um prazer cada vez maior.
Os lábios vulneráveis deslizando pelas curvas excitantes, sentindo o gosto da pele, sugando a sensação da penugem.
As pernas entrelaçadas em movimentos ascendentes e descendentes, facultando o que de mais há de carnal em todo este prazer. Acompanhando-as, os braços tonificados acabados em mãos agarradas, ansiosas, selvagens.
Os olhares, o jogo, a troca. As cores intensas, os sentimentos profundos, o mundo que se esquece.
A respiração repetida, interrompida por alguns pontos altos, clímaxes.
A roupa que se recolhe, o corpo que se veste e o corpo que nu permanece, o arrependimento apesar do prazer sentido.


…Prosseguir até à cozinha e beber um copo de água.
Gelar a memória.