Há duas coisas que não voltam atrás: a morte e as decisões. A morte, pelas razões que dispensam enunciação; as decisões, pelas razões que carecem de possibilidade de reflexão antes de levar a cabo as primeiras. É difícil ter uma noção das consequências dos nossos actos antes de praticá-los. Por essa razão, não podemos afirmar que decidimos com mais ou menos certeza; decidimos num momento de maior "lucidez racional" ou então num "climax emocional". Tomamos, portanto, decisões às cegas, acreditando que é a melhor decisão ou tendo consciencia do contrário. Depois de tomada, o dificil é resistir a qualquer vontade que surja que lhe seja contrária. A curto prazo, creio ser pouco provável perceber se o caminho que escolhemos foi o mais acertado, por isso não recuamos. A longo prazo, simplesmente esquecemos. É mais fácil esquecer. É mais fácil deixar de sentir. É mais fácil não voltar atrás.
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Um comentário:
Deixei-te um desafio lá na Janela. Quando é que voltas a escrever, hm?
Um beijinho grande*
(e palmas, Ana)
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